Professor da UFOP publica livro que discute racismo religioso

O professor Erisvaldo Pereira, do Departamento de Educação (Deedu) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), lançou um livro paradidático intitulado “O Encontro do Menino Jesus com a Tradição dos Orixás”. Esta obra tem como objetivo primordial fomentar o diálogo inter-religioso nas salas de aula e servir como um recurso valioso para educadores. Em um contexto em que a diversidade religiosa é muitas vezes desconsiderada, o livro surge como uma ferramenta essencial para abordar a convivência entre diferentes crenças.

Professor da UFOP publica livro que discute racismo religioso
Capa do livro "O Encontro do Menino Jesus com a Tradição dos Orixás

Uma das missões centrais do livro é proporcionar um espaço acolhedor para crianças e jovens que pertencem a religiões de matrizes africanas. A obra busca fortalecer a autoafirmação desses jovens como integrantes de suas comunidades religiosas, promovendo um senso de pertencimento e identidade. Desde 2008, Erisvaldo tem se dedicado a essa causa através de projetos de extensão e da atuação no Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi). O foco de seus esforços abrange o combate ao racismo religioso, além das questões estruturais e institucionais que ocorrem no dia a dia.

Em suas declarações sobre o lançamento, o professor expressou sua esperança de que a obra seja recebida conforme o esperado e que contribua para a diminuição das tensões sociais. “A mensagem é construir uma nova humanidade, uma nova forma de viver”, ressalta Erisvaldo, enfatizando a importância de uma convivência pacífica entre diferentes religiões.

O racismo religioso, tema central da obra de Erisvaldo, refere-se à discriminação e ao preconceito que indivíduos enfrentam com base em sua fé ou prática religiosa. Este fenômeno é especialmente visível em relação às religiões de matriz africana, que frequentemente são alvo de estigmatização e violência. O racismo religioso não se limita a ataques físicos, mas se estende a práticas de exclusão social, invisibilização de culturas e crenças, e à disseminação de estereótipos negativos. Ao discutir essas questões em seu livro, Erisvaldo Pereira propõe um caminho para a reflexão e o entendimento, buscando um espaço mais justo e respeitoso para todas as crenças.

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