Aulas na UFOP serão retomadas na próxima semana

Conselho Universitário aprova novo Calendário Acadêmico

por Rodolpho Bohrer

Na tarde de terça-feira (2), o Conselho Universitário (Cuni) da UFOP se reuniu para decidir sobre a retomada das atividades de ensino e extensão e sobre a proposta do novo calendário acadêmico.

Aulas na UFOP serão retomadas na próxima semana
Escola de Minas - Crédito: Samuel Almeida/UFOP

As datas de retorno já haviam sido discutidas durante a manhã, nas reuniões dos Conselhos de Extensão e Cultura e de Graduação, após debates realizados nos últimos dias com os sindicatos, DCE, Coletivo Andorinhas e unidades acadêmicas.

O Cuni aprovou a retomada das aulas nos campi de Mariana e João Monlevade na próxima segunda-feira (8) e, no campus Morro do Cruzeiro, na terça (9), já que segunda é feriado municipal em Ouro Preto.

Foi aprovado também que o trancamento de matrículas poderá ser realizado até 30 dias após o retorno das aulas e que não poderão ser realizadas atividades avaliativas no período de 8 a 22 de julho.

Quanto à aferição da frequência, o Conselho decidiu que os professores deverão considerar também o período anterior à suspensão do calendário acadêmico, entre 25 de março e 15 de abril. Fica facultada aos professores a flexibilização da apuração de frequência, conforme Resolução Congrad nº 146/2024, aprovada na reunião da manhã da última terça-feira (2).

Dessa forma, o reinício dos semestres de 2024 ficou assim:

Semestre 24.1

  • João Monlevade e Mariana – dia 08/07
  • Ouro Preto – dia 09/07

Semestre 25.2

  • Todos os campi em 11/11

Entre os dois semestres, haverá um recesso do dia 21/10 a 10/11.

Contexto da Greve

A greve na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) foi iniciada no dia 25 de março de 2024, seguindo um indicativo nacional de greve aprovado pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra)​. Entre as principais reivindicações estavam o reajuste salarial, a implementação de um piso salarial de três salários mínimos, um step de 5%, a racionalização dos cargos, o reposicionamento de aposentados, incentivos à qualificação e um vencimento básico complementar​​.

Além dos servidores técnico-administrativos, os professores da UFOP também aderiram à greve. A decisão de paralisar as atividades foi tomada em assembleia pela Associação dos Docentes da UFOP (ADUFOP), que destacou a necessidade de melhores condições de trabalho, valorização profissional e adequação da infraestrutura das instituições de ensino superior​​.

A greve foi marcada por diversas assembleias e negociações entre a Administração Central da UFOP e os sindicatos representativos, incluindo a Assufop e a Apes, buscando um consenso que atendesse às demandas dos trabalhadores e possibilitasse a retomada das atividades acadêmicas​.

Após um longo período de negociação com o Governo Federal, os docentes da UFOP aprovaram o encerramento da greve em 1º julho e o retorno às aulas em 8 de julho. A decisão aconteceu em Assembleia Geral ADUFOP realizada no dia 27, no auditório do DEGEO, em Ouro Preto, com transmissão simultânea para o ICEA, em João Monlevade.