Construção da ferrovia que liga Minas a Espírito Santo prevê contratação de 3.500 profissionais

Investimento previsto para esse novo empreendimento é de R$ 5 bilhões e conta com um aporte financeiro de investidores estrangeiros.

por Rômulo Giacomin Soares
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Com previsão de início das obras em 2023, a ferrovia que ligará São Mateus (ES) a Ipatinga (MG) é uma realidade cada vez mais próxima de acontecer. Ao todo, serão 3.500 profissionais que serão contratados para trabalhar na construção da malha ferroviária, sendo cerca de 2 mil vagas no Espírito Santo, para diversos cargos, e 1.500 em Minas Gerais.

Construção da ferrovia que liga Minas a Espírito Santo prevê contratação de 3.500 profissionais
Imagem ilustrativa

A malha ferroviária terá uma extensão de 420 km e a empresa responsável pela obra será a “Petrocity Portos”. A ideia é que a nova ferrovia faça conexão com um novo terminal privado que será instalado pela companhia, permitindo o transporte de diversos tipos de cargas.

O investimento previsto para esse novo empreendimento é de R$ 5 bilhões e conta com um aporte financeiro de investidores estrangeiros. Agora é aguardado a liberação da licença ambiental do Instituto Estadual de Meio Ambiente do Espírito Santo (Iema) para prosseguir com o andamento do projeto.

De início, o projeto prevê a construção de uma nova estrada de ferro às margens da BR-381, com passagens por Barra de São Francisco, Nova Venécia e Governador Valadares. Porém, há uma expectativa de que, posteriormente, a ferrovia chegue até Sete lagoas, contornando a Serra do Tigre.

Segundo o senador Carlos Viana (PSD-MG), esse será um trecho muito importante para o escoamento da produção de minério de ferro da região do Vale do Aço. “Quando viabilizada, essa vai ser a terceira linha mais importante no escoamento de minério de ferro e do setor siderúrgico. Porque hoje é o seguinte: os estrangeiros querem comprar mais minério e o grande problema é que não tem como levar esse minério ao mar”, disse. Segundo o senador, investir em malhas ferroviárias é a melhor opção para o transporte de carga, já que a construção de gasodutos gera um grande impacto social e ambiental.

Há interesse do Governo de Minas Gerais na construção de uma nova ferrovia, com construção da VLI, dona das duas maiores ferrovias do estado. Tal empreendimento deve contar com um investimento de R$ 2,7 bilhões, além de uma extensão de 235 km entre Chaveslândia (distrito de Santa Vitória) e Uberlândia, ambas no Triângulo Mineiro.

E Minas Gerais, já há a concessão Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM) e da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) para a VLI.

Ao todo, devem ser construídos 3,3 mil km de trilhos no país, com 10 projetos de novas ferrovias anunciados nesta quinta-feira. O volume total de investimentos previstos é de R$ 53 bilhões.

Ferrovias privatizadas

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), assinou um decreto para privatizar 19 ferrovias do estado, com a expectativa de atrair R$ 26,7 bilhões em investimentos no setor ferroviário do estado, podendo gerar mais de 370 mil empregos.

De acordo com o Governo do Estado, a ideia é ter o primeiro trecho ferroviário do país administrado por uma empresa privada em Minas Gerais. O Congresso Nacional ainda não aprovou o projeto de lei que permite esse regime nas rodovias federais, mas a Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG) já autorizou tal modelo. Já foram mapeados 19 projetos que podem ser operados através da iniciativa privada.

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