Que o Cruzeiro é um dos maiores clubes do mundo, respeitado dentro e fora do Brasil, não restam dúvidas. O time celeste sempre foi referência de conquistas, bom futebol e grandes jogadores. Mas torcedor, você já parou para pensar quais são os maiores jogadores da Raposa no século XXI? Bom, vide a gama de craques que vestiram a camisa estrelada, essa pergunta não é a mais fácil de responder. Mas, com sua ajuda, nós do Mais Minas tentaremos respondê-la.
Nos próximos dias realizaremos enquetes com os maiores e melhores jogadores do Cruzeiro em cada posição, falando um pouco de suas trajetórias com a camisa celeste e você, torcedor, irá votar em seus favoritos. Ao final das matérias, que serão divididas em goleiros, laterais-direitos, zagueiros, laterais-esquerdos, volantes, meias, atacantes e técnicos, iremos analisar os mais votados e montar uma seleção da Raposa no século XXI.
E após elegermos Fábio como melhor goleiro, Maurinho na lateral-direita, Cris e Léo na zaga, Sorín como lateral-esquerdo e estarmos votando no melhor volante, teremos agora a eleição que decidirá os maiores meias do Cruzeiro no século XXI. Dada a dificuldade da definição de meia, iremos colocar também aqueles jogadores que se destacaram jogando abertos no setor, premiando, assim, os três mais votados. O esquema utilizado na votação será o 4-2-3-1, que vem comumente sendo utilizado pelo clube nos últimos anos.
Alex (2001 e 2002-2004)
Um dos maiores ídolos da história do Cruzeiro, Alex é lembrado com imenso carinho pela torcida celeste e considerado o jogador de maior capacidade técnica a ter passado pelo clube no século XXI. Foram duas passagens pelo clube, obtendo sucesso na segunda, onde conquistou quatro títulos e liderou o clube na conquista da Tríplice Coroa, em 2003.
Para se ter ideia, somente no clube celeste foram 10 prêmios individuais conquistados pelo jogador, além de uma infinidade de gols antológicos.
Wagner (2004-2009)
Mesmo sem grandes títulos pelo clube no currículo, Wagner foi um dos principais jogadores do Cruzeiro no tempo em que passou vestindo azul. Foram mais de 200 jogos pelo time celeste e três estaduais conquistados. Em seu período na Raposa, ganhou dos prêmios Bola de Prata da Revista Placar, em 2006 e 2008.
Gilberto (1998 e 2009-2011)
Gilberto jogou no Cruzeiro em 1998 e depois entre 2009 e 2011, alternando entre lateral e meio-campista. Com a camisa azul, se tornou uma liderança por sua técnica e experiência. Dono de um potente chute de esquerda, o jogador conquistou dois estaduais pelo Cruzeiro, em 1998 e em 2011.
Roger (2010-2012)
Outro jogador lembrado com carinho pela torcida celeste é o meia Roger. Em dois anos e meio no clube o jogador conquistou apenas um estadual, mas suas boas atuações e estrela em clássicos o tornaram muito querido pela torcida. Roger ainda teve papel de destaque na vitória por 6 a 1 sobre o rival Atlético-MG que salvou o Cruzeiro do rebaixamento em 2011, marcando um gol e dando três assistências. Polêmicas e provocadoras, as entrevistas do atleta sempre repercutiam entre as torcidas mineiras.
Montillo (2010-2012)
Walter Montillo foi, sem dúvidas, um dos melhores jogadores a vestirem a camisa do Cruzeiro no século. Dotado de técnica e habilidade ímpares, o jogador ainda se destacava nos dribles, assistências e finalizações. Meia completo, o jogador é o quarto maior artilheiro estrangeiro da história do clube, com 36 tentos, em apenas dois anos e meio na equipe.
Pela Raposa conquistou somente um título estadual, batendo na trave em títulos maiores, muitas vezes prejudicado por elencos enfraquecidos. Sua qualidade o rendeu muitos prêmios individuais.
Éverton Ribeiro (2013-2014)
Quando Éverton Ribeiro recebia a bola, era difícil o parar. Baixinho e canhoto, o jogador desfilava habilidade e grandes dribles com a camisa do Cruzeiro. Goleador e ótimo assistente, o ex-camisa 17 azul é mais um para o panteão ocupado por Alex, Montillo e cia. como jogadores mais dotados tecnicamente a vestir a camisa da Raposa no século.
Pelo Cruzeiro, Éverton Ribeiro venceu três títulos, sendo o grande maestro da conquista do bi Brasileiro, em 2013 e 2014. O meia conquistou diversos prêmios individuais no clube e marcou um dos gols mais bonitos da história da Raposa, na Copa do Brasil de 2013, ao tabelar com Ricardo Goulart, “chapelar” o volante Luiz Antônio, do Flamengo, e meter uma bomba, sem deixar a bola cair, no ângulo do goleiro Felipe.
Ricardo Goulart (2013-2014)
Parceiro de Éverton Ribeiro no Cruzeiro, Ricardo Goulart pode não ser tão dotado tecnicamente como o companheiro, mas é um dos jogadores mais inteligentes que se viu passar no clube. Ótimo em atacar os espaços e exímio finalizador, o jogador marcou diversos gols, de todas as formas, vestindo azul e ajudou o clube na conquista de três títulos, incluindo os Brasileirões de 2013 e 2014. Foi eleito o melhor jogador do Campeonato Brasileiro de 2014.
Alisson (2013-2017)
Revelado no Cruzeiro, o mineiro de Rio Pomba foi um dos grandes destaques da equipe nos anos que vestiu azul. Muito rápido e excelente driblador, o jogador foi muito importante na conquista da Copa do Brasil de 2017, fazendo dupla infernal com o lateral Diogo Barbosa, pelo lado esquerdo. No Cruzeiro conquistou quatro títulos, sendo dois Brasileirões, uma Copa do Brasil e um estadual.
De Arrascaeta (2015-2018)
Giorgian de Arrascaeta viveu uma relação de altos e baixos com a torcida celeste. Contratado em 2015, o meia demorou a se firmar como peça importante do time, mesmo que desde que chegou sua qualidade tenha ficado evidente. Bom driblado e exímio finalizador, o jogador sempre demonstrou muita inteligência atacando espaços e estando no lugar certo para finalizar.
Pelo Cruzeiro, De Arrascaeta conquistou três títulos, sendo duas Copas do Brasil, em 2017 e 2018, marcando o gol do título de 2018 após viajar 25 horas e entrar no segundo tempo da partida, pois havia defendido sua seleção no Japão pouco tempo antes. Além dos títulos coletivos, o uruguaio colecionou grande número de títulos individuais, tendo chegado inclusive a disputar o Prêmio Puskás de gol mais bonito do ano no futebol mundial, em 2018.
O jogador é também o maior artilheiro estrangeiro da história do clube, com 50 gols marcados. Sua saída conturbada para o Flamengo no início de 2019, onde faltou a treinos e entrou em litígio com o clube, o tornou uma espécie de “Judas” para a torcida do Cruzeiro, mesmo que o valor pago pelo seu passe tenha sido um recorde no futebol brasileiro.
Robinho (2016-atualmente)
Robinho chegou ao Cruzeiro no decorrer de 2016 e de lá para cá se tornou peça importante no time celeste. Mesmo passando por períodos de lesão e má fase, condicionadas por situações extracampo, o jogador se recuperou e foi peça chave nos vitoriosos anos de 2017 e principalmente 2018.
Com muita qualidade nas assistências e arremates de fora da área, o jogador ajudou o clube a conquistas quatro títulos, incluindo o bicampeonato da Copa do Brasil, desde que chegou. Em 2019 seu desempenhou caiu muito e ele foi dado como um dos culpados pelo rebaixamento do clube, mas permaneceu para a disputa da Série B.
Thiago Neves (2017-2019)
O caso de Thiago Neves no Cruzeiro é muito curioso. Em pouco tempo o jogador foi de ídolo a persona non-grata no clube mineiro. O jogador chegou em 2017 ao time celeste para fortalecer a equipe que se reconstruía de uma sequência de anos ruins. E o impacto do meia foi imediato. O jogador, sempre muito decisivo, se acostumou a fazer gols ou ter boas atuações em jogos importantes e ajudou o clube a conquistar quatro títulos, sendo duas Copas do Brasil, enquanto esteve na Raposa.
Mas 2019 foi o ano da derrocada daquele que era um dos jogadores favoritos dos torcedores. Brigas internas, conflitos com treinadores, indisciplina, falta de comprometimento e desempenho desastroso dentro de campo fizeram Thiago Neves ser taxado como um dos grandes responsáveis pela queda do Cruzeiro para a segunda divisão do Brasileirão. Antes amado pelos cruzeirenses pelo perfil provocador e pela qualidade dentro de campo, Thiago hoje é um nome desprezado por todos os cruzeirenses, conseguindo assim ser detestado pelas duas maiores torcidas mineiras.