O dólar alcançou o maior valor desde a criação do Plano Real nesta quarta-feira (18), fechando a R$ 6,267, após uma alta de 2,82%. A cotação foi influenciada por uma série de fatores externos e internos, incluindo declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a decisão do Federal Reserve (Fed), que cortou as taxas de juros nos EUA em 0,25 ponto percentual, mas indicou cautela para o próximo ano.
O índice Ibovespa, da B3, sofreu queda de 3,15%, atingindo o menor nível desde junho, após a decisão do Fed e a instabilidade política no Brasil, com o Congresso votando um pacote fiscal. As taxas de juros nos Estados Unidos estão entre 4,25% e 4,5% ao ano, afetando negativamente as economias emergentes e intensificando a fuga de capitais. O mercado brasileiro, por sua vez, sente os impactos da pressão externa, refletindo diretamente na desvalorização da moeda nacional e nas oscilações da bolsa.
“Estamos vendo uma volatilidade inesperada, com fatores internos e externos interagindo de maneira crítica no mercado financeiro”, destacou um analista financeiro.
O aumento do dólar também está diretamente ligado ao cenário fiscal brasileiro, com a aprovação do primeiro projeto do pacote de corte de gastos obrigatórios no Congresso, o que também gerou incertezas no mercado. Com isso, o cenário de instabilidade permanece, com o dólar pressionando a economia e a bolsa enfrentando perdas.
O que isso significa para o bolso do brasileiro? A alta do dólar impacta diretamente o preço dos produtos importados e a inflação, refletindo em uma sensação de aumento de custo de vida.