História da siderurgia brasileira é destaque em exposição da Gerdau em Ouro Preto

Centro Cultural SESIMINAS Ouro Preto abriga exposição sobre a Usina Wigg até 26 de outubro

por Rodolpho Bohrer

Ouro Preto, cidade histórica de Minas Gerais, recebe, a partir do dia 30 de agosto de 2024, a exposição “Usina Wigg: Os Primórdios da Siderurgia no Brasil”. A mostra, que já atraiu cerca de 20 mil visitantes em sua temporada no MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, em Belo Horizonte, estará em cartaz no Centro Cultural SESIMINAS Ouro Preto até 26 de outubro. Patrocinada pela Gerdau, a maior produtora de aço do Brasil, a exposição leva o público a uma imersão na história da Usina Wigg, um dos marcos fundadores da siderurgia no país.

História da siderurgia brasileira é destaque em exposição da Gerdau em Ouro Preto
Centro Cultural SESI Ouro Preto - Crédito? divulgação/Rede Comunicação

Uma Viagem ao Passado da Siderurgia Brasileira

A exposição “Usina Wigg: Os Primórdios da Siderurgia no Brasil” é uma oportunidade única para conhecer em detalhes a história da siderurgia no Brasil. O evento oferece uma retrospectiva completa da Usina Wigg, localizada no distrito de Miguel Burnier, em Ouro Preto, e sua importância para o desenvolvimento industrial do país. Desde sua criação, no final do século XIX, até seu fechamento em 1969, a Usina Wigg se destacou pela inovação e pela modernidade de suas técnicas, sendo um exemplo pioneiro na produção de ferro-gusa e manganês.

O rico acervo da exposição é dividido em seis módulos que guiam o visitante por uma jornada interativa através de documentos históricos, objetos, amostras minerais, depoimentos e obras de arte, incluindo serigrafias da renomada artista Yara Tupynambá. Além disso, recursos audiovisuais e acessíveis garantem que o conteúdo seja apreciado por todos os públicos.

Patrimônio Histórico e Industrial

Considerada um dos mais importantes sítios arqueológicos industriais da América Latina, a Usina Wigg representa um marco na história industrial do Brasil. Criada pelo Comendador Carlos da Costa Wigg, em parceria com o engenheiro Joseph Gerspacher, a usina operou durante 76 anos, consolidando-se como a maior exportadora de manganês do Brasil no início do século XX. Seu alto-forno, único no estado de Minas Gerais construído no século XIX e preservado em seu local original, é uma peça central da exposição, que destaca a relevância histórica e tecnológica desse empreendimento.

Segundo Wendel Gomes, diretor executivo da Gerdau, “A usina Wigg é um patrimônio que temos muito orgulho de apoiar na sua conservação e que conta muito da história da siderurgia no Brasil. Essa exposição é uma oportunidade para todas as idades e traz um rico acervo para quem gosta de história e tem interesse de mergulhar conosco nessa experiência”. A fala do executivo reforça o compromisso da Gerdau em preservar e divulgar a memória industrial do país.

Parcerias e Apoios Culturais

A realização da exposição é fruto de uma colaboração entre diversas instituições. Além do patrocínio da Gerdau via Lei Estadual de Incentivo à Cultura, a mostra conta com o apoio institucional do Arquivo Público Mineiro, do Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas de Ouro Preto e da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). A gestão museológica está a cargo do MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, enquanto o SESI – Serviço Social da Indústria e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais são os responsáveis pela realização do evento.

Luciene Araújo, gerente de Responsabilidade Social Empresarial do SESI, destacou a importância da exposição para o público mineiro: “É uma rara oportunidade para que o público mineiro conheça em detalhes um patrimônio histórico-cultural de grande importância no estado. Convido especialmente os trabalhadores da indústria para que visitem a exposição em Ouro Preto para conhecer os primórdios da fundição no Brasil e constatar o grande exemplo de inovação que Minas sempre ofereceu ao país”, comenta.

Visitação e Programação

A exposição “Usina Wigg: Os Primórdios da Siderurgia no Brasil” estará aberta ao público de terça a sexta-feira, das 10h às 18h, e aos sábados e domingos, das 10h às 18h, no Centro Cultural SESIMINAS Ouro Preto. No dia 6 de outubro, a mostra será fechada devido às eleições municipais, retomando as visitas no dia seguinte. A entrada é gratuita, oferecendo a todos a chance de explorar um dos capítulos mais importantes da história industrial brasileira.

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Rodolpho Bohrer
Sócio proprietário e fundador do Mais Minas e jornalista em formação pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Redator de cidades, tecnologia e política, além de link builder na Agência MaisPost e redator do portal O Noroeste.
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