A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou, na quarta-feira (13/11), uma operação que desarticulou um esquema de exploração sexual e tráfico de entorpecentes na cidade de Conselheiro Lafaiete, região Central do estado. Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em imóveis que, segundo investigações, eram utilizados para fins de prostituição e comercialização de drogas. A ação resultou na prisão em flagrante de uma mulher, apontada como proprietária dos locais.
A operação foi deflagrada após meses de investigação que começou com um flagrante ocorrido nas proximidades de um dos imóveis. Na ocasião, a PCMG identificou indícios de que os locais serviam como pontos de prostituição e venda de entorpecentes. A partir desse flagrante, foram coletadas evidências que fundamentaram os pedidos judiciais de busca e apreensão.
Durante a investigação, depoimentos de testemunhas e análise de movimentações suspeitas corroboraram a suspeita de que os estabelecimentos estavam sendo usados para práticas ilícitas. Segundo a PCMG, os imóveis eram frequentemente visitados por indivíduos em busca de serviços sexuais e drogas, configurando um esquema criminoso organizado.
No cumprimento dos mandados, a polícia contou com o apoio da perícia técnica para coletar provas nos dois imóveis. Entre os itens apreendidos estavam cadernos de anotações detalhando as transações financeiras do negócio ilegal, um aviso indicando a comercialização de serviços sexuais e uma porção de substância entorpecente. As entrevistas realizadas com frequentadores e mulheres que atuavam nos locais reforçaram a prática do crime de rufianismo.
O crime de rufianismo, segundo o Código Penal Brasileiro, consiste em tirar proveito financeiro da prostituição alheia, mesmo que com consentimento. As provas obtidas nos imóveis mostraram que a proprietária lucrava diretamente com os serviços prestados pelas garotas de programa, além de gerenciar as atividades nos locais. Quando combinado com outros delitos, como o tráfico de drogas, o rufianismo pode levar a penas mais severas, especialmente se houver comprovação de que a atividade envolvia pessoas em situação de vulnerabilidade social ou psicológica.
A proprietária dos imóveis, identificada como responsável pelos estabelecimentos, foi presa em flagrante e encaminhada ao sistema prisional. Ela permanecerá à disposição da Justiça enquanto o caso segue em investigação. A PCMG também apura se a acusada tinha envolvimento direto com o tráfico de drogas identificado nos locais ou se terceirizava essa atividade a outras pessoas.
De acordo com a polícia, a mulher pode responder pelos crimes de rufianismo e tráfico de drogas, cujas penas podem chegar a mais de dez anos de reclusão, dependendo da tipificação e da comprovação de agravantes.