Samarco pretende dobrar capacidade de produção até 2025 e 3 mil emprego serão gerados

Rodrigo Vilela, presidente da Samarco, anuncia aumento na produção e novos empregos

por Rodolpho Bohrer

A mineradora Samarco está se preparando para dobrar sua capacidade de produção, passando de 30% para 60% até 2025. Essa expansão deve gerar cerca de 3 mil novos empregos nos estados onde opera, sendo 600 diretos. A antecipação da retomada da terceira unidade pelotizadora em Anchieta, no Espírito Santo, prevista inicialmente para dezembro, deve ocorrer até outubro deste ano, conforme anunciado pelo CEO da DVF Consultoria, Durval Vieira de Freitas.

Complexo Germano em Mariana Crédito Otávio HonoratoSamarco
Complexo Germano, em Mariana - Crédito; Otávio Honorato/Samarco

Durval Vieira de Freitas afirmou que a Samarco planeja “antecipar o retorno da terceira pelotização para o final de setembro ou início de outubro”. A empresa, que ficou sem operar de 2015 a 2020 devido à tragédia de Mariana, atualmente trabalha com 30% de sua capacidade e espera alcançar 60% até 2025, com uma produção anual de 16 milhões de toneladas. “Importante para a economia do Estado e especialmente do Sul, onde vai criar negócios e empregos”, destacou Freitas.

Rodrigo Vilela, presidente da Samarco, enfatizou que a empresa está comprometida com uma retomada gradual e segura: “Seguimos com a retomada gradual conforme previsto no nosso plano de negócios e compromisso com a sociedade”. A meta é atingir 100% da capacidade até 2028, consolidando o plano de negócios da empresa de forma sustentável.

Para atingir a meta de 60% de capacidade produtiva, a Samarco prevê a criação de até 3 mil postos de trabalho no ES e em MG, dos quais 600 já estão sendo preenchidos. Esse aumento na produção não só beneficiará a empresa, mas também terá um impacto significativo na economia local, especialmente no Sul do Estado capixaba.

Paralelamente, o Estaleiro Jurong Aracruz, localizado no Norte do Estado, iniciou a construção de módulos para navios-plataformas encomendados pela Petrobras à Seatrium, uma empresa de Singapura. Embora os cascos dos navios sejam construídos na China, outras partes serão produzidas no Brasil. A produção nacional dos módulos para os navios-plataformas P-84 e P-85 será, no mínimo, de 20% e 25%, respectivamente. Entre os módulos estão dormitórios, cozinhas, centrais de energia, tratamento de água, gás e óleo.

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Rodolpho Bohrer
Sócio proprietário e fundador do Mais Minas e jornalista em formação pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Redator de cidades, tecnologia e política, além de link builder na Agência MaisPost e redator do portal O Noroeste.
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