A Vale doou 77.760 blocos de construção para a Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) de Itabirito-MG, marcando uma importante iniciativa de mineração circular. Os blocos, produzidos na Fábrica de Blocos do Pico, são feitos a partir de rejeitos de mineração, destacando um exemplo de economia circular e sustentabilidade.
Economia Circular e Sustentabilidade
A Fábrica de Blocos do Pico, situada na mina do Pico da Vale em Itabirito, reaproveita rejeitos gerados na produção de minério de ferro para fabricar produtos pré-moldados. Essa doação viabilizará a construção de 1.584 metros quadrados de pavimentos, gerando uma economia de mais de R$ 270 mil para a APAC, além do frete gratuito fornecido pela Vale.
Rogério Júnior, presidente da APAC Itabirito, expressou a importância da doação: “Para nós da APAC, esta doação é de grande relevância. Vamos conseguir fazer o calçamento do piso de um projeto que estamos montando para formação profissional dos nossos internos e também calçar as áreas de estacionamento para visitantes e funcionários, trazendo mais conforto e segurança para a associação.”
Autorização e Futuras Doações
Esta foi a primeira doação de blocos da fábrica da mina do Pico. Jefferson Corraide, diretor do Complexo Vargem Grande da Vale, explicou que foi necessário obter análise e autorização dos órgãos reguladores antes de proceder com a doação. “Desde a criação da Fábrica de Blocos do Pico, nosso objetivo era promover a economia circular na nossa operação de minério de ferro, tanto para reduzir a disposição de rejeitos em barragens e pilhas, como gerar valor compartilhado para as comunidades vizinhas e municípios onde estamos presentes”, disse Corraide.
Capacidades e parcerias
A Fábrica de Blocos do Pico tem capacidade para produzir 3,8 milhões de produtos pré-moldados por ano, utilizando cerca de 30 mil toneladas de rejeitos anualmente. Nos dois primeiros anos de atividade, a planta funcionou em regime de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em parceria com o CEFET-MG, desenvolvendo cerca de 60 produtos pré-moldados para a construção civil.
Além disso, a planta é liderada por uma equipe majoritariamente feminina, promovendo diversidade e inclusão. Dez mulheres, incluindo engenheiras, assistentes e operadoras de equipamentos, atuam na operação e pesquisa da fábrica.
Areia Sustentável
Em 2021, a Vale desenvolveu uma areia sustentável a partir dos rejeitos de suas operações de minério de ferro. Desde então, a empresa destinou 2,1 milhões de toneladas do produto ao setor de construção civil e a projetos de pavimentação rodoviária, com a expectativa de atingir 2,8 milhões de toneladas até 2025. Para impulsionar esse negócio, a Vale criou a Agera, uma empresa dedicada à comercialização e distribuição da areia sustentável, além de investir em pesquisa e desenvolvimento de novas soluções para o reaproveitamento de rejeitos.
Tatiana Teixeira, gerente de Novos Negócios da Vale, comentou: “A criação da Agera está fortemente ligada à nossa estratégia de promover a mineração circular, o que significa fortalecer na mineração os conceitos da economia circular, de associar o desenvolvimento econômico a um melhor aproveitamento dos recursos naturais.”