Mineração Morro do Ipê inicia descaracterização de barragem em Minas Gerais

Projeto busca segurança ambiental e eliminação de riscos no município de Igarapé

Mineração Morro do Ipê inicia descaracterização de barragem em Minas Gerais

A Mineração Morro do Ipê, responsável pela gestão das minas Ipê e Tico-Tico, deu início, em 28 de junho, à descaracterização da barragem B2 Tico-Tico, localizada em Igarapé, Minas Gerais. O projeto marca um passo importante para a empresa, que reforça seu compromisso com a sustentabilidade e a segurança das comunidades locais.

O processo de descaracterização da barragem

A descaracterização da barragem B2 Tico-Tico faz parte de uma exigência legal estabelecida pela Lei n° 23.291, de 2019, que determina a eliminação de barragens construídas no método à montante, um dos mais arriscados em termos de segurança. A barragem, que está desativada e não apresenta nível de risco, passará por um processo detalhado de remoção dos rejeitos de mineração e recuperação ambiental, com previsão de conclusão em 2026.

O processo ocorre em quatro fases principais, a começar pela avaliação geotécnica da estrutura. Nessa etapa, são feitas análises para identificar o estado atual da barragem e um plano de ações é elaborado e submetido à aprovação de órgãos reguladores, como o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Agência Nacional de Mineração (ANM) e a Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM).

Após a aprovação, inicia-se a retirada dos rejeitos, o esvaziamento do reservatório e a estabilização das áreas circundantes. Cada fase é seguida pela recuperação ambiental, com restauração da vegetação nativa e estabilização do solo. O local será monitorado por um ano após a conclusão da remoção, que deve ocorrer em 2027.

Compromisso com a segurança e o meio ambiente

Cristiano Parreiras, Diretor de Assuntos Corporativos e Sustentabilidade da Morro do Ipê, destaca o impacto positivo do projeto: “Este projeto vai além do cumprimento de nossas obrigações legais, ele reflete nosso compromisso com a segurança das comunidades e a preservação do meio ambiente. Estamos transformando uma estrutura antes associada a riscos em uma oportunidade para recuperar e reabilitar a região. Este também é um grande passo para a Ipê.”

Até o momento, mais de 200 mil toneladas de rejeitos já foram removidas da barragem, e a empresa segue monitorando a estrutura por meio de sismógrafos que registram qualquer movimento no solo. A segurança do processo é garantida pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG), que acompanha todas as fases do projeto com técnicos especializados.

Transparência e comunicação com a comunidade

Para assegurar a transparência e o engajamento com as comunidades de Igarapé e São Joaquim de Bicas, a Mineração Morro do Ipê implementou um sistema de comunicação direta. A empresa realiza reportes mensais divulgados em grupos de WhatsApp e disponibiliza informações sobre o Plano de Ação de Emergência para Barragens (PAEBM) em um site exclusivo. O objetivo é manter os moradores informados sobre o andamento do processo de descaracterização e as medidas adotadas para garantir a segurança.

Com essa iniciativa, a Mineração Morro do Ipê reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e com a minimização de impactos ambientais, seguindo as diretrizes mais rigorosas de segurança no setor de mineração.

Relevância da descaracterização para o futuro da mineração

A descaracterização da barragem B2 Tico-Tico reflete a mudança de paradigma na indústria da mineração, que tem buscado soluções mais seguras e sustentáveis para o gerenciamento de rejeitos. A Mineração Morro do Ipê, como parte desse movimento, tem implementado novas tecnologias e processos para garantir que suas operações estejam alinhadas com os mais altos padrões ambientais e de segurança.

Essa abordagem não só melhora a imagem da empresa, como também estabelece um exemplo positivo para outras mineradoras no país, mostrando que é possível aliar desenvolvimento econômico com responsabilidade social e ambiental.

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