O Governo Federal anunciou um investimento de R$ 3,5 bilhões para a construção de 25,8 mil unidades habitacionais em Minas Gerais, por meio do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). As moradias serão distribuídas em quatro modalidades: FAR, Entidades, Rural e FNHIS Sub 50. A previsão é de que a maior parte das obras seja concluída até o final de 2026, segundo o secretário Nacional de Habitação, Augusto Henrique Alves Rabelo.
Minas Gerais ocupa a sexta posição no ranking nacional de investimentos em habitação, com os projetos em fase de contratação.
Distribuição das moradias nas modalidades do MCMV
O investimento será dividido da seguinte forma:
- FAR (Fundo de Arrendamento Residencial): 16 mil unidades em áreas urbanas com subsídios diretos.
- Entidades: 2,4 mil unidades financiadas por entidades sem fins lucrativos, com recursos do Fundo de Desenvolvimento Social.
- Rural: 4,3 mil unidades para famílias em áreas rurais, utilizando recursos do FGTS e do Orçamento Geral da União.
- FNHIS Sub 50: 3,1 mil moradias em municípios com até 50 mil habitantes, utilizando recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social.
Essas modalidades visam atender diferentes públicos, incluindo famílias de baixa renda em áreas urbanas e rurais.
Retomada de obras e balanço do MCMV em Minas Gerais
Nos últimos dois anos, mais de 1,5 mil moradias foram entregues em Minas Gerais apenas na modalidade FAR. Além disso, 1,6 mil obras paralisadas foram retomadas no mesmo período, refletindo a reestruturação do programa desde seu relançamento em 2023.
Na modalidade FGTS, o governo destinou R$ 13,4 bilhões para financiar a compra de 88 mil unidades habitacionais nos últimos dois anos. Essa modalidade oferece crédito para aquisição direta de imóveis, beneficiando famílias com maior capacidade de financiamento.
História e funcionamento do Minha Casa Minha Vida
Criado em 2009 pelo Governo Federal, o Minha Casa Minha Vida é um programa habitacional destinado a ampliar o acesso à moradia para famílias de baixa renda. Originalmente voltado para áreas urbanas, o programa foi expandido para atender comunidades rurais e categorias específicas, como indígenas e quilombolas.
Após ser extinto em 2020, o programa foi relançado em 2023 com novas diretrizes. Entre os principais objetivos estão a retomada de obras paralisadas, a ampliação do crédito habitacional e o fortalecimento de modalidades voltadas para áreas de menor desenvolvimento urbano.
Projeções para 2025 e 2026
Segundo Augusto Rabelo, os próximos anos serão marcados por um volume significativo de construções em Minas Gerais e em todo o Brasil. A expectativa é entregar a maior parte das moradias anunciadas até o final de 2026, além de retomar obras paralisadas.
O secretário destacou que “2023 foi um ano de reconstrução e reorganização do programa, enquanto 2024 será de retomadas de obras e entregas”. A projeção para 2025 e 2026 inclui avanços em novas construções e conclusão de intervenções.